Auckland City é campeão da Oceania em 2025

O Auckland City venceu a Liga dos Campeões da Oceania de 2025. Não é uma notícia incomum. O clube é o maior campeão da competição e ganha quase todos os anos. São 13 conquistas, sendo quatro seguidas. Essa edição foi quase a mesma da anterior. A mudança foi a retirada de dois jogos eliminatórios entre times do mesmo país na primeira fase. O restante foi igual. Sede única (Ilhas Salomão), jogos únicos nos dois grupos, os dois melhores passam para a semifinal, os vencedores fazem a final. Veja como foi a campanha do rei do continente. 

Momento da premiação

CAMPANHA NA FASE DE GRUPOS

A estreia na competição foi contra o Pirae, do Taiti, no dia 30 de março. Vitória apertada por 1 a 0. Gol de Dylan Manickum aos 40 minutos do 1º tempo. Escanteio cobrado na pequena área, o goleiro do Pirae socou errado, Myer Bevan bateu no gol, o goleiro fez nova defesa e a bola sobrou para o camisa 10 do Auckland chutar para o gol aberto. O Pirae ainda teve um pênalti a seu favor. Ariiura Labaste bateu à meia altura e o goleiro Garrow espalmou. 

Dylan Manickum, o camisa 10, comemorando seu gol contra o Pirae (Reprodução / Auckland City)

A segunda rodada foi contra o Tiga Sport, da Nova Caledônia, no dia 2 de abril. Vitória de 2 a 0, mas também um pouco apertado. Em cobrança de falta ensaiada, Dylan Manickum abriu o placar aos 25 minutos. A cobrança foi da intermediária. A bola foi rolada para a entrada da área para Bevan e Manickum recebeu o segundo passe já livre dentro da área. O segundo gol só saiu aos 93 minutos. Matthew Ellis passou por dois na lateral-direita e cruzou. Haris Zeb dominou e bateu forte no alto. A classificação estava garantida.

Haris Zeb chutando de primeira no segundo gol contra o Tiga Sport (Reprodução / Auckland City)

O terceiro confronto foi contra o Rewa, de Fiji, no dia 5 de abril. O time era o lanterna com duas derrotas. Porém, o Auckland apenas empatou por 1 a 1. Haris Zeb abriu o placar em chute no ângulo aos 11 minutos. John Orobulu empatou aos 94. O jogador das Ilhas Salomão estava jogando em casa e deixou o seu ao entrar sozinho na área e tocar na saída do goleiro. A classificação do Auckland foi em 1º lugar, com sete pontos. 

Haris Zeb acertando o ângulo no empate contra o Rewa (Reprodução / Auckland City)

SEMIFINAL E FINAL 

O adversário da semifinal foi o Ifira Black Bird, de Vanuatu, no dia 8 de abril. Vitória por 2 a 0 e de novo Haris Zeb marcando. Em escanteio para o Auckland, um jogador neozelandês cabeceou no travessão e a bola sobrou para Zeb chutar forte da entrada da área. A bola passou no meio de muita gente e entrou aos 24 minutos. O último gol saiu aos 86 minutos. Jordan Vale tabelou com Matthew Ellis, que cruzou na pequena área para Myer Bevan empurrar a bola para o gol aberto. 

Myer Bevan comemorando seu gol com o camisa 17 Jerson Lagos (Reprodução / Auckland City)

A final aconteceu no principal estádio das Ilhas Salomão, chamado Estádio Nacional. O Auckland já havia jogado a semifinal nele. A partida foi contra o Hekari United, de Papua Nova Guiné, no dia 12 de abril. O Hekari já foi campeão em 2010 ao ganhar de um time também da Nova Zelândia chamado Waitakere United. Uma novidade foi a arbitragem. O argentino Facundo Tello, que apitou jogos da Eurocopa e a final da Libertadores 2024, ficou responsável pela partida. O jogo terminou 2 a 0 para o Auckland. Haris Zeb fez jogada pela esquerda e rolou para o meio. Myer Bevan marcou aos 39 minutos. Aos 82, Facundo Tello marcou pênalti para o Auckland e Bevan fechou o placar.

Myer Bevan foi o artilheiro do time com três gols ao lado de Haris Zeb (Reprodução / Auckland City)

PREMIAÇÕES

Os prêmios para os melhores jogadores da competição foram mais uma vez fora do comum. Nada de troféu de ouro ou objetos chiques. Os prêmios foram objetos locais feitos de madeira. Veja a seguir:

Melhor jogador da competilção: Dylan Manickum (Reprodução /OFC)

Artilheiro com cinco gols: Hudson Oreinima do Central Coast, das Ilhas Salomão (Reprodução / OFC)

Melhor goleiro: Dave Tomare, do Hekari United (Reprodução / OFC)

Fair Play: Auckland City (Reprodução / OFC)

O QUE ESPERAR DO AUCKLAND CITY NO MUNDIAL?

O Auckland City só passou de fase no Mundial de Clubes duas vezes. Em 2014, chegou à semifinal e perdeu na prorrogação para o San Lorenzo. Depois, venceu o Cruz Azul nos pênaltis e ficou com o bronze. Foram muitas participações e muitas pancadas. A última na competição foi para o Al-Ittihad, em 2023. Placar de 3 a 0 para os sauditas. O campeonato terminou e começou a Copa Intercontinental. Em uma espécie de eliminatória, o troféu African-Asian-Pacific foi disputado, com o Auckland estreando em Abu Dhabi contra o Al Ain. Placar de 6 a 2 para o campeão asiático. Em dezembro desse ano, o Auckland terá outra grande equipe pela frente. Será africana e será difícil passar. 

Grupo C do Super Mundial de Clubes (Reprodução / Fifa)

Para piorar a situação, o Auckland jogará o Super Mundial e caiu em um grupo impossível de passar de fase ou até mesmo pontuar. Está no Grupo C e estreará contra o Bayern de Munique. A segunda partida será contra o Benfica e a terceira contra o Boca Juniors. O time pode aprontar alguma coisa caso os adversários joguem com um pouco de desdém, poupem o time inteiro ou algo fora do controle como aconteceu em 2014. 


Foto de capa: Reprodução / Auckland City

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